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O que é planejamento de obras e por que ele é tão importante?

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14/10/2019

Essencial para o sucesso de qualquer empreendimento, o planejamento de obras é a etapa mais importante de um projeto construtivo. Contudo, nem sempre é encarado com a seriedade que deveria o que resulta em imprevistos e prejuízos como atrasos, desperdícios e perdas.

Segundo estimativa levantada pela Revista Exame, no Brasil, apenas 20% do tempo previsto para uma obra é usado para o planejamento. Só para efeitos de comparação, em países mais desenvolvidos como no Japão o tempo despendido para atividades como a elaboração de cronogramas e projeções de custos é de 80%.

Em geral, o que se pode perceber é que o problema é consequência da falta de conhecimento sobre a importância do planejamento de obras. Mas a falta de tempo para prever entregas e manter as atividades dentro do prazo também agrava ainda mais o quadro.

Com prazos cada vez mais apertados e uma preocupação maior com o tempo do que com a qualidade do projeto agir com improviso se tornou um costume. O que nem toda construtora sabe, no entanto, é que esse tipo de conduta pode trazer graves consequências para a lucratividade do negócio.

Para ajudar sua empresa a evitar qualquer prejuízo decorrente de falhas no gerenciamento de projetos de obras vamos dedicar este post ao tema. Nele vamos revisar o que é planejamento de obras, qual seu papel dentro da gestão de obras e como deve ser feito.

Acompanhe!
 

O que é planejamento de obras?

Como o nome diz, planejamento de obras é uma atividade que envolve uma série de estudos, dimensionamentos e planos para direcionar todas as etapas de uma obra.

Um bom planejamento de obras deve incluir:
  • estudos de viabilidade;
  • orçamento inicial;
  • plano de ação da equipe, prazos e serviços necessários;
  • plano diretor da obra.

O principal objetivo, então, é avaliar em quais circunstâncias a construção pode se tornar mais econômica e rentável. Para tanto, deve considerar ainda as políticas internas da própria empresa, as condições locais e também as leis que estão em vigor na região da execução do projeto.

Como é possível perceber, o planejamento de obras se torna um instrumento para que sua empresa possa ter uma visão real da obra. Com informações detalhadas, precisas e até mesmo antecipadas esse documento funciona como uma base para a tomada de decisões mais assertivas em relação ao projeto.

É muito mais do que estabelecer e seguir um cronograma de obra, mas uma solução para aumentar a eficiência no canteiro de obras e evitar gastos desnecessários. Por isso, é papel do profissional responsável pelo planejamento de obras pensar sempre em como reduzir desperdícios, possíveis erros e retrabalhos.

Planejar é enxergar lá na frente e afastar imprevistos que possam comprometer a entrega da obra dentro do prazo estabelecido.
 

Importância do planejamento para a gestão de obras

Direto ao ponto, é impossível executar uma obra sem planejamento. Afinal, ele deve servir como um guia para todas as etapas envolvidas na execução do empreendimento.

No cenário atual, não existe mais espaço para empresas que executam obras na base do improviso.

Ao realizar um planejamento de obras coerente e eficiente é possível prever riscos, inconformidades e também impactos negativos na construção. O que também funciona como mola propulsora para aumentar a satisfação do cliente.

Além disso, uma obra com atraso pode gerar custos provenientes de penalidades perante o cliente, assim como custos diretos e indiretos não previstos inicialmente, que podem até comprometer a lucratividade esperada.

Um exemplo que mostra a importância de planejar uma obra é que, com isso, é possível entender quais foram os desvios na hora da execução. É ter mais agilidade e facilidade para mudar a estratégia prevista sem atrasar a obra, principalmente se foram identificados na fase inicial do projeto.

Fazer o planejamento de obras com eficiência permite, inclusive, que a construtora possa entender melhor como cada valor precisa ser aplicado. Traz mais precisão para o acompanhamento da obra e evita que aconteçam desvios de insumos de equipamentos, materiais ou mão de obra.

Uma obra sem planejamento e controle, pode gerar prejuízos, que podem ter sido até ocasionados pelo próprio cliente, mas que sem ter um planejamento inicial, a empresa terá dificuldades em comprovar o impacto causado e, portanto, dificuldades em ser ressarcida.

Com um planejamento de obras conectados à demais etapas do projeto, o tempo de trabalho é otimizado. Um avanço fundamental quando lembramos que pelo menos 25% do tempo dedicado ao gerenciamento do canteiro de obras é usado para solucionar problemas e imprevistos.

A segurança do trabalho também se torna maior quando a integridade física dos trabalhadores e os riscos de acidentes são considerados. A organização do canteiro de obras também sai ganhando, com um ambiente bem cuidado, eficiente, limpo e sinalizado.
 

5 pontos decisivos para um planejamento de obras eficiente 

Depois de entender melhor sobre o que é planejamento de obras e qual sua importância basta se atentar aos cinco pontos decisivos para o processo:
 

1. Estudo de viabilidade

Com o intuito de avaliar se a construção vai gerar lucros ou prejuízos para a construtora, o estudo de viabilidade financeira ajuda a prever o desembolso e o lucro para a construtora

Busca saber se a empresa tem dinheiro em caixa para cobrir os custos operacionais envolvidos e também se as condições econômicas atuais e do mercado são ou não favoráveis.

Quanto mais informações forem levantadas para esse estudo mais alto será seu grau de confiabilidade. 

Por isso, para descobrir se o projeto é viável é preciso levar em consideração fatores como:
  • cronograma de obra, com os prazos de execução de cada etapa da obra; 
  • custo de implantação e manutenção do canteiro;
  • custos com a regularização e licenciamento de obra;
  • custo de todos os projetos envolvidos (ambiental, arquitetônico, elétrico, estrutural, etc);
  • custo para a execução da fundação;
  • custo para a preparação do terreno;
  • custo para contratar mão de obra;
  • custo de profissionais especializados;
  • custos de equipamentos e ferramentas a serem usados;
  • custos de materiais;
  • despesas indiretas;
  • fluxo de caixa;
  • planejamento de vendas;
  • e taxa de remuneração da construtora; e
  • ROI (Retorno sobre Investimento). 

2. Orçamento de obras

Depois de perceber que a viabilidade do projeto está garantida é o momento de detalhar o orçamento de obras.

Considerado um ponto crítico do planejamento de obras, o orçamento não pode conter erros ou ter informações incompletas. Caso isso ocorra, o risco de prejuízos são altos e os trabalhos no canteiro de obras podem ser até mesmo paralisados por falta de verba.

Em geral, o orçamento de obras pode ser realizado de quatro formas diferentes: pela estimativa de custos, pela estimativa por etapa da obra, por orçamento analítico ou orçamento preliminar. 

Cada metodologia tem suas próprias variáveis, mas todas devem considerar: as atividades a serem terceirizadas, o BDI, o cronograma, o pagamento dos funcionários, o preço final da venda e o ROI.
 

3. Cronograma físico-financeiro

O cronograma físico-financeiro permite a distribuição dos custos identificados pelo orçamento de obras por data e etapa da obra. Um documento que permite identificar quanto tempo os serviços vão durar e quanto irão custar.

Outras vantagens de fazer um bom cronograma físico-financeiro são:
  • identificar custos acumulados;
  • melhorar o controle financeiro da obra;
  • e tornar o planejamento de obra mais realista.

4. Legalização da obra

A regularização da obra também deve ser levada em consideração durante o planejamento de obras. Isso porque, caso a documentação não seja organizada e liberada em tempo hábil o início da construção pode atrasar e a edificação sofrer embargos judiciais.

Então, tenha sempre em mente que toda obra só pode ser começada após a aprovação da prefeitura. Caso contrário, podem ser cobradas alterações no projeto e os custos serem elevados com multas e notificações que não estavam nos planos.

Confira alguns dos principais requisitos para regularizar e licenciar uma obra:
  • Alvará de construção;
  • Anotação de Responsabilidade Técnica (ART);
  • Regularização junto ao INSS;
  • Certidão Negativa de Débito (CND), municipais e estaduais;
  • Habite-se;
  • Matrícula e registro do imóvel;
  • Projeto Arquitetônico aprovado;
  • Licença Ambiental, quando aplicável,
  • Licença da Vigilância Sanitária, quando aplicável;
  • e vistoria do Corpo de Bombeiros.

5. Execução e acompanhamento de obras

Engana-se quem pensa que, com o avanço dos trabalhos no canteiro de obras, o trabalho de planejamento de obras é esquecido.

É preciso continuar a acompanhar as obras e planejar serviços, incluindo o uso de materiais e recursos financeiros. Como o status da obra muda a cada dia, o planejamento de obras deve funcionar como um acompanhamento ininterrupto do projeto.

Então, caso surja necessidade é possível modificar e revisar o que for preciso como custos, prazos e documentos atrelados à legalização da obra.
 

Conclusão

Crucial para que um projeto possa sair do papel sem que se torne um prejuízo financeiro para a construtora, o planejamento de obras precisa ser bem feito e monitorado.

Como envolve várias informações, controles e prazos é fácil se perder em meio a ele. Mas basta se atentar a todos os pontos vistos neste post que a realização é facilitada.

E o seu planejamento de obras, como vai? Compartilhe nos comentários os principais desafios de suas construções nas etapas iniciais de seus projetos e o que aprendeu com eles. Caso surja qualquer dúvida sobre o que é planejamento de obras sinta-se à vontade para entrar em contato ou solicitar uma ligação da nossa equipe!

 

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